A palavra Ioga encontra-se pela primeira vez nos textos Upanishads na Índia, há mais de 3000 anos, sendo uma prática muito antiga. O ioga indiano é Património Imaterial da Humanidade pela Unesco, pela sua influência na saúde e medicina, educação e artes.

Hoje, tal como na psicologia clínica, sabemos que a interação mente-corpo é um caminho bidirecional. Mas também outras ciências evidenciam a extrema importância da atividade psicofisiológica na saúde do corpo e mente, tais como a neuroplasticidade, a neurogénese e a nova biologia.

O ioga atua essencialmente na prevenção da saúde humana, usando técnicas de alongamento, elasticidade, equilíbrio e respiração, em posições de conforto.  Promove uma coluna vertebral alinhada, postura e equilíbrio, proporciona bem-estar aos órgãos e sistema corporal como um todo, nomeadamente um sistema cardio-vascular e respiratório harmoniosos. 

O ioga é genericamente conhecido como sendo exercícios em posições do corpo, dinâmicas ou estáticas, sendo necessário ter roupa confortável e um pequeno tapete individual como acessório.

Às posições do corpo são chamadas asanas que na linguagem original quer dizer “confortável”. O que significa que devem ser procurados nas posições do corpo, de acordo com as indicações do instrutor, o relaxamento muscular e mental. O mesmo se passa em exercícios estáticos, como na respiração, exercícios oculares, ou de atenção.

O ioga é considerado, na sua origem, uma forma de conhecimento de caráter soteriológico, ou seja que alivia o sofrimento humano. 

Não sendo um tratamento terapêutico, na medida em que não usa o método de diagnóstico e tratamento para uma doença, tem no entanto ação natural, benéfica e preventiva sobre sofrimentos da humanidade, como por exemplo:

• Burnout
• Ansiedade
• Stress
• Descontrolo mental
• Estilos de vida pouco saudáveis
• Problemas de relacionamento
• Rigidez do corpo
• Apetite descontrolado
• Sistema cardiovascular e respiratório desconectado

A sessão pode ser individual ou em grupo, orientada por um instrutor. Começa-se por praticar em cima de tapete alguns exercícios de aquecimento das articulações, seguindo-se posições do Ioga confortáveis, respiração e relaxamento.

O praticante ao longo do tempo vai sentindo maior equilíbrio e calma, maior liberdade de expressão e decisão, harmonia e resiliência. A luminosidade do corpo torna-se visível, tal como a leveza do despreendimento. 

Maiores de 15 anos.

Na União Europeia encontra-se alguma regulamentação da atividade do ioga como atividade física, no âmbito dos ministérios da educação/desporto. O que gera alguma polémica entre as escolas da ioga por não se reverem no enquadramento da educação física. Com exceção de França, que enquadra o ioga no âmbito do ministério da cultura.

Em Portugal, o ioga está na atividade económica CAE  85510 – Ensinos desportivo e recreativo. Porque o ioga ainda não está regulamentado como atividade de saúde humana, nem os instrutores têm regulada a sua profissão, é sujeito a IVA à taxa normal.

O Brasil é o país mais avançado no reconhecimento terapêutico do ioga. O ministério da saúde brasileiro inclui o ioga nas práticas de medicina integrativa e complementar do sistema único de saúde. Mais, reconhece-lhe a prática terapêutica, e reconhece o instrutor como um terapeuta naturista.

A Suíça tem um diploma federal de terapias complementares, onde inclui o ioga.

A Índia enquadrou as atividades do ioga, dentro das atividades da saúde de medicina tradicional e alternativa, no ministério AYUSH (Ayurveda, Yoga & Naturopatia, Unani, Siddha e Homoeopatia).