O termo Somática (Somatics) inspira-se na palavra grega para “corpo vivido” (“Somatikos”) que por sua vez inspira-se na bebida sagrada relatada nos Vedas (soma) e reinterpretado como o corpo experienciado internamente. O termo foi usado pela primeira vez por Thomas Hanna em 1976, para descrever abordagens de integração corpo-mente, que ele e outros terapeutas e educadores estavam a desenvolver. 

Na “Integração” os diversos elementos criam um sentido a partir da inter-relação das suas integridades cooperativas, respeitando as inteligências múltiplas nas usas diferenças num todo dinâmico.

A Integração Somática advém do Movimento Corporal Consciente de inícios do século XX com Laban, F.M.Alexander e Feldenkrais, dando ênfase ao ser humano compreendido em toda a sua totalidade de experiência, em inte(g)ração com o ambiente.

A Educação Somática aborda procedimentos educativos e terapêuticos de integração somática, tendo como principio o desenvolvimento neuro-cinesiológico: o movimento corporal é a matriz do desenvolvimento cognitivo, a maneira através do qual este último se efetiva e se integra no soma. Na Educação Somática inferimos que “movo-me, logo aprendo com/no meio”. O objeto de análise passa a ser o modus operandi em que o ser humano torna-se sujeito ativo da sua própria história, num processo dinâmico de pesquisa.

Na Educação Somática abordamos a Integração Estrutural, o Método Feldenkrais® com seus complementos, e o Mindfulness.

É uma forma de terapia manual e educação do movimento que visa melhorar a postura e o alinhamento do corpo.
Desenvolvida pela Dra. Ida P. Rolf, baseia-se na ideia de que os desequilíbrios no tecido conjuntivo do corpo, ou fáscia, podem levar a uma má postura e dor crónica.
A terapia envolve uma série de sessões onde o terapeuta usa pressão profunda e direcionada para manipular a fáscia, ajudando a realinhar o corpo e melhorar a sua integridade estrutural. No geral, a Integração Estrutural visa criar um corpo mais equilibrado, alinhado e eficiente, promovendo um melhor movimento e reduzindo o risco de lesões.

Aqui estão 6 pontos-chave sobre a Integração Estrutural:

Foco na Fáscia: A fáscia é o tecido conjuntivo que envolve os músculos, ossos e órgãos. A Integração Estrutural visa libertar a tensão e as aderências na fáscia para permitir um melhor movimento e alinhamento.

Série de Sessões: Normalmente, a Integração Estrutural é realizada ao longo de uma série de 10 a 12 sessões, cada uma focada em diferentes partes do corpo. Este processo é frequentemente referido como “a série de 10”.

Abordagem Holística: A terapia adota uma visão holística do corpo, considerando a forma como diferentes partes estão interconectadas. O objetivo é trazer o corpo como um todo para um melhor equilíbrio e alinhamento.

Educação do Movimento: Além da manipulação manual, a Integração Estrutural muitas vezes inclui a educação do movimento. Pretende com isso ajudar os utentes a desenvolver uma melhor consciência corporal e hábitos que suportem uma boa postura.

Benefícios: Muitas pessoas procuram a Integração Estrutural para aliviar a dor crónica, melhorar a postura, melhorar o desempenho atlético e aumentar a consciência corporal geral. Pode ser particularmente benéfico para lesões por esforço repetitivo, escoliose ou outros problemas posturais.

Tratamento Individualizado: Cada sessão é adaptada às necessidades do indivíduo, abordando padrões específicos de tensão e desalinhamento no corpo.

Consiste em sequências de movimentos guiados verbalmente e que permitem que pessoas de todas as idades encontrem prazer e segurança enquanto aprendem novas possibilidades de se movimentar, pensar e sentir.
Esta abordagem elegante da aprendizagem não só aumenta a nossa perceção do movimento, mas também estimula a curiosidade e a capacidade de pensar. À medida que o movimento se torna cada vez mais livre de esforços supérfluos, o indivíduo desenvolve a capacidade de alinhar os seus movimentos com as suas intenções de um forma mais precisa e clara. A alteração de uma atitude fortemente focalizada no objetivo final para uma atitude e abordagem mais aberta aos aspetos experienciais do momento presente pode ter efeitos profundos e duradouros em todos os aspetos da vida.

Consiste em sessões individuais nas quais o principal meio de comunicação é o toque. Nelas, o professor emprega um toque subtil, seguindo o fluxo natural de movimento da pessoa, que permanece deitada ou sentada comodamente numa marquesa. Desenvolvem-se de acordo com as necessidades individuais e oferecem uma oportunidade de observação profunda sobre si próprio. Os seus efeitos podem ir desde uma melhoria no equilíbrio, no movimento e coordenação, até alívio na dor, bem-estar geral e um incremento da autoconsciência e auto perceção.